Vânio começa a dar fim ao problema da falta de energia e saneamento em área invadida

“Se não é 100% do que a gente gostaria de anunciar, pelo menos avançamos bastante, e agora estamos bem perto de uma solução para o principal problema da comunidade”. Com essa frase o prefeito de Braço do Norte Vânio Uliano resumiu seu sentimento em relação ao estágio de negociações em que se encontra um conjunto de edificações construídas irregularmente na Cohab Nega Virgínia, em Braço do Norte. A invasão começou há quase uma década. As casas foram erguidas sem nenhum planejamento arquitetônico, de engenharia, sem água, nem energia elétrica. Sistema de esgoto também não há. Ao assumir, o prefeito Vânio Uliano retomou a negociação iniciada em janeiro pelo prefeito provisório, Ronaldo Fornazza, junto ao Ministério Público, Casan e à Cerbranorte. A intenção é resolver o problema levando mais dignidade aos moradores, mas sem estimular novas invasões. “Assumi um compromisso com o Ministério Público que não haverá mais invasões aqui, e vocês vão ajudar a fiscalizar, pois se houver mais invasões, tudo o que já conseguimos será perdido”, alertou Vânio, referindo-se ao acordo com o MP. A chefe de gabinete Jaqueline Nieheus, os secretários de Desenvolvimento Econômico Murilo Bitencourt, de Assistência Social Francisca Leonel da Silva, a Quinha, e o secretário de Governo (Planejamento) André Leandro Richter compuseram a comitiva que visitou a comunidade. André Leandro levou com ele o resultado do levantamento já feito pela secretaria sobre como ficará o local depois da intervenção da prefeitura. A área será dividida em lotes de tamanhos iguais. Está prevista também a criação de uma servidão (rua sem saída), o que vai permitir o acesso de todos os moradores às instalações de água, energia, esgoto e demais serviços urbanos. “Algumas casas vão ter que ser mudadas de lugar, totalmente ou parte delas. E isso deve ser realizado na forma de mutirão, uns ajudando os outros”, adiantou o secretário André Leandro. Alguns moradores manifestaram preocupação quanto a essa necessidade, mas o prefeito os tranqüilizou. “A prefeitura vai dar o apoio que estiver ao alcance da prefeitura, mas vocês também têm que se mobilizar. Não podem ficar aí esperando as coisas de mão beijada. Façam mutirão, tomem a iniciativa”, sugeriu. Muitos moradores aproveitaram para tirar dúvidas sobre os programas públicos de habitação. Algumas dúvidas foram sanadas no mesmo instante pela secretária Quinha e pela comitiva. Outras dúvidas ficaram de ser tratadas na própria secretaria de Assistência Social, diante dos interessados. Alguns moradores também pediram a instalação de uma creche nas proximidades, pois segundo eles há pelo menos 35 crianças entre as famílias que precisam ser lavadas para creches muito distantes, quando não, deixadas com vizinhos ou amigos. O prefeito disse que em função do pouco tempo que assumiu a chefia do Executivo ainda não tinha conhecimento disso, mas ficou de fazer um levantamento da situação.

A medição da área começou hoje à tarde e será concluída na segunda-feira, a não ser que as condições do tempo impeçam.