Coleta Seletiva de BN é apresentada no Congresso de Prefeitos em Florianópolis
A Coleta Seletiva de Braço do Norte foi apresentada, novamente, como um caso de sucesso em Santa Catarina. Desta vez foi durante o Congresso de Prefeitos realizado pela Fecam, em Florianópolis, durante o Seminário Catarinense de Sustentabilidade e Meio Ambiente.
Braço do Norte participou do Painel Terra – Políticas Públicas Ambientais: Os Desafios da Gestão Municipal, com o tema Coleta Seletiva: gerenciamento de resíduos, economia e sociedade, apresentado pela diretora da Fundação do Meio Ambiente, Bianca Mendes, com mediação do prefeito, Beto Kuerten Marcelino. Também apresentaram temas deste eixo o engenheiro civil e diretor presidente da Abetre, Luiz Gonzaga Alves Pereira, e o vereador de Florianópolis Marcos José de Abreu, o Marquito.
De acordo com os dados apresentado pela diretora e pelo prefeito, antes da implantação da Coleta Seletiva, todos os resíduos recolhidos no município eram enviados ao aterro sanitário, localizado a cerca de 50 quilômetros de distância, sendo enviados quatro caminhões por dia, tendo em média 22,8 toneladas de lixo por dia, ou seja, uma média de 570,57 toneladas de lixo por mês.
Após a etapa de planejamento, em 7 de janeiro de 2019 foi implantada a Coleta Seletiva, que conta com coleta, transporte, triagem e venda, instalação e licenciamento do centro de triagem, caminhões novos, ações de educação ambiental, contentores e limpeza dos contentores. A coleta ainda conta com monitoramento da rota por GPS, além dos pontos de entrega voluntária e contentores soterrados.
Ainda de acordo com dados da Funbama, em agosto deste ano foram coletados 6% de material reciclável, o que representa um custo de R$ 206.913,73 para o município. Porém, se comparado com agosto de 2018, que teve custo de R$ 227.186,45, quando ainda não existia a Coleta Seletiva, o município economizou cerca de R$ 21 mil na coleta convencional, já que foi deixado de pagar o transporte do material que antes era aterrado e também a tonelada no aterro sanitário.
A Coleta Seletiva tem uma mensalidade de cerca de R$ 32 mil, porém, esse valor é compensado com a economia da coleta convencional e venda dos resíduos sólidos (pets, papelão). “Quanto maior for a quantidade coletada de resíduos sólidos, mais economia é gerada na coleta convencional”, explica o prefeito. Beto também lembrou que também há investimentos na mudança da cultura da sociedade. “A gestão municipal também está investindo na conscientização de crianças e adultos através de campanhas informativas de sustentabilidade, que é um tema atual”.
Em oito meses, a Coleta Seletiva resultou em 328 toneladas deixadas de ser enviadas ao aterro sanitário, redução de 4.600 quilômetros, economia de R$ 129.081,32, contratações locais gerando trabalho e renda e venda dos materiais para a região.
Para o prefeito, a experiência é exitosa. “Esta era uma grande demanda da população, que já tinha experimentado a Coleta Seletiva alguns anos atrás, mas o projeto não teve sequência. E ela só ocorre por termos o apoio da própria população, que faz a sua parte, separando o lixo, que nos aponta quando a coleta deixa de ser feita para corrigirmos, que dá suas sugestões e é consciente da necessidade de melhorar nosso meio ambiente e da importância de gerar trabalho e renda para as famílias envolvidas com a triagem”, encerrou Beto.
O prefeito e a diretora estavam acompanhados do presidente da Funbama, Robson Fabichaki, do secretário adjunto de Infraestrutura, Allan Lopes Prudêncio, responsável pela logística da coleta e do chefe de Gabinete, Ramon Beza.